domingo, 5 de março de 2000

Ana Carolina conduz Marina de volta ao palco

Absoluta, fabulosa, piramidal e outros adjetivos foram as palavras de ordem no ATL Hall na noite de sábado, quando a cantora Ana Carolina se apresentou para cerca de quatro mil pessoas. Além de cantar sucessos como "Garganta", "Armazém" e "Retrato em branco e preto", esta de Tom Jobim e Chico Buarque, Ana recebeu a visita de Marina Lima, em boa forma em sua primeira apresentação após seis anos longe dos palcos.


Ana começou sozinha com a guitarra, em sua versão próxima do blues para o clássico de Tom e Chico. O cenário, de Luiz Stein, era um armazém estilizado. Logo entrou a afiada banda que acompanha a cantora, em que se destacam a percussão de Marco Lobo e a bateria e Mac William. Na hora de cantar "Armazém", Ana se fez acompanhar inicialmente do pandeiro (mostrando bom domínio do instrumento) e depois recebeu o reforço de cinco percussionistas, entre eles Marcos Suzano e Jovi Joviniano.


O show chegava ao fim quando ela anunciou a "maior compositora do Brasil". Parte da platéia se levantou para receber Marina, bem-humorada e toda de preto. As duas uniram as vozes em três canções, quando se pôde perceber que Marina está curada dos problemas de voz. Não que se compare à força dos pulmões ou ao alcance vocal de Ana Carolina: ela voltou a ter a voz roufenha que é sua marca registrada. A reunião acabou com "Deixa estar", apenas com vozes e teclados. Para encerrar, Ana cantou "Garganta" e voltou para o bis com uma versão voz-e-violão de "Vaca profana", de Caetano.


Fonte: Bernardo Araujo /O Globo