sábado, 29 de agosto de 2009

Novidades sobre o novo DVD de Ana Carolina

Já estão se confirmando alguns dos 12 convidados especiais que participarão do novo DVD de Ana Carolina que já está sendo gravado no Rio e que deverá ser lançado no final do ano.


Antônio Villeroy, Chiara Civello, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Maria Gadú, Seu Jorge, Roberta Sá e Zizi Possi irão participar do novo DVD.


John Legend e Esperanza Spaldin já gravaram a algum tempo suas participações também.


Gilberto Gil gravou “Torpedo” com Ana Carolina no último dia 26.


Maria Gadú gravará o Blues “Mais que a mim” (autoria de AC e Chiara Civello).


Zizi Possi também já gravou sua participação na última sexta-feira dia 28. Segue o comentário dela em seu Blog sobre a gravação.



zizi possi“A gravação com a Ana foi hoje, e não ontem como havíamos combinado. Coisas de gravação!

O DVD dela será muito lindo e especial. O projeto é imenso e contou com a participação de vários artistas, entre eles: eu, Bethânia, Gil, Mart’nália, Roberta Sá, e por aí vai…


A direção é da Monique Gardenberg, o cenário do fofíssimo Grigo Cardia, e a locação foi uma casa com o jardim lindo!


Como o “timing” é de cinema, e não de show, tudo demora mesmo – a luz, o cenário, cada modificação…. mas, pelo que pude ver, será muuuuuito lindo e especial!”




chiara_civelloChiara Civello também já está no Rio para gravar a sua participação. Veja o comentário dela em seu blog sobre o novo CD e DVD de ana Carolina. (Tradução do texto por Juliana Normando Pinheiro exclusivo para o Fã clube Donana Carolina)


“Acabei de chegar no Rio. Oh Cidade Maravilhosa ! O tempo está meio fechado… é final de inverno e não estou acostumada a um Rio tão nublado. É similar ao outono em Roma. um pouco triste com noites mais cedo e manhãs nebulosas. Mesmo assim ainda adoro. Parece Roma com “Guaraná”.


Minha parceira Ana Carolina está gravado um DVD com vários outros convidados e nosso dueto “Resta” estará nele. Estou me dirigindo pro lugar da locação agora.




Nossas canções juntas ficaram muitos especiais. Nós compomos 5 músicas e ela lançou quatro no seu novo CD “Nove” celebrando todos os 9 9 9 9 9 9 9 9 9 na sua vida com nove canções incluindo duetos com John Legend , Esperanza Spaldin e o piano maravilhoso do meu amigo Daniel Jobim.


Eu adoro o disco, musicalmente e conceitualmente falando. A quinta canção que nós fizemos “Mais que a mim”, Ana está gravando com Maria Gadú pro DVD e eu com certeza estarei gravando a música em inglês com o título “ I didn´t want” (Eu não queria).


Eu nunca experimentei uma conexão tão forte em uma colaboração. Nós conseguimos encontrar o lugar perfeito no “meio”, sem esforço e que se estende entre nossos universos musicais e origens. Um lugar onde as músicas e as palavras simplesmente nos invadiram…todas as canções saíram imediatamente em versões duplas e em um processo onde nossas línguas, mesmo sendo diferentes, ajudaram uma à outra na lírica… realmente mágico.


Não vejo a hora de gravá-las também… Estou me preparando pra gravar em outubro/novembro. Manterei vocês informandos…”




Manteremos vocês atualizados sobres as novidades do novo DVD. Visitem também nosso twitter



Equipe Donana Carolina

Fontes: Blog A Câmera que filma os dias, Blog Zizi Possi, Blog Chiara Chivello, Acervo Zizi Possi.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

CD “Elas Cantam Roberto” em pré venda

elas cantam roberto carlosSó mesmo Roberto Carlos para reunir tantas estrelas numa noite só: o Teatro Municipal de São Paulo recebeu no dia 26 de maio de 2009 vinte divas da música brasileira para encantar Roberto Carlos em um show inesquecível. O espetáculo que recebeu o nome de “Elas Cantam Roberto Carlos”, faz parte das comemorações especiais dos 50 anos de carreira do rei e contou com a presença de nomes de peso no palco. O tão aguardado show teve Hebe Camargo cantando Você Não Sabe, o dueto de Zizi Possi e Luiza Possi com Canzone Per Te, Alcione, Daniela Mercury, Claudia Leitte, Ana Carolina, Adriana Calcanhotto, Marília Pêra, Sandy, Wanderléa, Ivete Sangalo e outras grandes divas. O show chegou ao seu auge com a emocionante interpretação do rei com Emoções. Para encerrar a apresentação com chave de ouro, as musas embalaram Como É Grande O Meu Amor Por Você. O tributo “Elas Cantam Roberto Carlos” teve direção musical de Guto Graça Mello e direção artística de Monique Gardenberg. Apresentamos esse belíssimo show em CD. Imperdível!

Faixas

Disco 1
1. Você Não Sabe – Hebe Camargo
2. Canzone Per Te – Luiza Possi / Zizi Possi
3. Proposta – Zizi Possi
4. Sua Estupidez – Alcione
5. Desabafo – Fafá de Belém
6. A Distância – Celine Imbert
7. Se Você Pensa – Daniela Mercury
8. Você Vai Ser o Meu Escândalo – Wanderléa
9. Nossa Canção – Rosemary
10. Todos Estão Surdos – Fernanda Abreu
11. 120… 150… 200 Km Por Hora – Marilia Pera

Disco 2
1. As Curvas da Estrada de Santos – Paula Toller
2. Como Dois e Dois – Marina Lima
3. As Canções que Você Fez para Mim – Sandy
4. Só Você Não Sabe – Mart’nália
5. No Fundo do Meu Coração – Adriana Calcanhotto
6. Falando Sério – Claudia Leite
7. Não Se Esqueça de Mim – Nana Caymmi
8. Força Estranha – Ana Carolina
9. Olha – Ivete Sangalo
10. Emoções – Roberto Carlos
11. Como É Grande o Meu Amor Por Você – Rc & Divas

O CD “Elas Cantam Roberto” já está em pré venda nas livrarias Saraiva.

Fonte: Saraiva

domingo, 23 de agosto de 2009

Ana Carolina no Criança Esperança 2009

Veja as Fotos e Assista ao vídeo da participação de Ana Carolina no criança esperança 2009 cantando “Entreolhares”.

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Vídeo de Ana Carolina no cantando "Entreolhares" no Criança Esperança.





Equipe Donana Carolina

sábado, 22 de agosto de 2009

Atrações do show Criança Esperança 2009

A 24ª edição do Criança Esperança está cheia novidades, o show 2009 é dirigido por Wolf Maia e com cenografia de Mário Monteiro. Os espetáculos serão exibidos pela Rede Globo no sábado, dia 22, a partir das 22h05, e no domingo, dia 23, a partir de 12h15. Este ano os ingressos não serão vendidos e a platéia será composta por convidados e parceiros do projeto, no domingo cerca de 3.500 crianças de instituições apoiadas pelo Criança Esperança estarão presentes.


Para fazer desse evento um grande show pelas crianças do Brasil equipes estão trabalhando durante toda a semana na montagem do espetáculo. Vários artistas já passaram pelo palco nos ensaios para que tudo saia perfeito, assim como Sandy, que vai se apresentar no sábado, e ensaiou com os músicos ontem à noite. Além dela Maria Rita, Carol Castro, Tony Ramos, Ana Botafogo, Henri Castelli, Eri Johnson e Renato Aragão já andaram ensaiando durante essa semana.


Serão cerca de 640 pessoas, entre bailarinos, cantores e artistas, participando do evento. No sábado,se destacam Zezé di Camargo e Luciano, Milton Nascimento, Luciano Huck, Angélica, Claudia Leite, Maria Rita, Roberta Sá, Sandy, Ana Botafogo, Cafu, Bebeto, Vitor e Léo, Ana Carolina, Diogo Nogueira, Arlindo Cruz, Júnior, Pelé, Fresno, Juliana Paes, Humoristas do Zorra Total, , Stenio Garcia, Fernanda de Freitas, Alexandre Slavieiro, Camila Rodrigues, Icaro Silva, Juliana Boller, Marco Pigossi, Daniel Del Sarto, Carolina Casting. Já no domingo contamos com a presença do Padre Fábio de Melo, Exaltassamba, NXZero, Márcio Garcia, A Turma do Didi, Arnaldo Antunes, Sandra Annenberg, Dalton Vigh, Regina Casé, Vladimir Brichta, Clayton Conservani e Daniela Mercury.


Este ano, todas as atrações musicais serão apresentadas ao vivo com uma orquestra no palco, e toda a apresentação do evento seguirá um estilo teatral o que promete encantar não só a garotada mas aos adultos também.



Fonte: Globo.com

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ana Carolina no Prêmio Multishow 2009

Ana Carolina não levou os prêmios nas categorias que concorria, mas não deixou de abrilhantar a noite.

Veja as fotos e os vídeos de Ana Carolina no Prêmio Multishow.


Ana Carolina e Seu jorgeAna Carolina e Seu jorge


Ana Carolina e Mr. Catra no camarimAna Carolina e Mr. Catra no camarim


Ana Carolina e Mr. Catra na apresentação do Prêmio TV ZÉAna Carolina e Mr. Catra na apresentação do Prêmio TV ZÉ


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Vídeos do Prêmio Multishow







Confira a lista completa dos ganhadores:



Cantor: Seu Jorge

Cantora: Marisa Monte

CD: “Agora”, NX Zero

Clipe: “Ainda gosta dela”, Skank

DVD de Música: “Infinito ao seu redor”, Marisa Monte

Grupo: Fresno

Instrumentista: Débora Teicher, Scracho

Música: “Amado”, Vanessa da Mata

Show: “Multishow ao vivo”, Capital Inicial

Revelação: Banda Cine

TV Zé: “Dalila”, Ivete Sangalo

Equipe Donana Carolina

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Clip Oficial da música “Entreolhares” com Ana Carolina e John Legend


Clique no link acima para assistir o vídeo no You tube



Fonte: Canal Sony/ You tube

16º Prêmio Multishow de Música Brasileira será realizado nesta noite

premiomultishow2009Na noite desta terça-feira, 18, será realizada a entrega dos troféus da 16ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira. O evento será realizado no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, e televisionado pelo canal Multishow, a partir das 21h45, e pelo site www.multishow.com.br. A apresentação será feita pela atriz Fernanda Torres.


Este ano são 11 categorias, incluindo a novidade TVZé, que vai premiar o melhor vídeo, paródia ou versão própria, inspirado no videoclipe de uma música nacional lançada após março de 2008.


A banda mineira Skank lidera as indicações concorrendo a seis prêmios. Em seguida vem Jota Quest e Marcelo D2, com cinco indicações. O evento também contará com diversas apresentações musicais: Little Joy; Arnaldo Antunes e Ana Cañas; Ivete Sangalo e Zeca Padoginho; Maria Gadú, Roberta Sá, Nina Becker, Seu Jorge e Marcelo D2; Fresno, Strike e NX Zero; e ainda uma apresentação surpresa do artista homenageado deste ano.


Abaixo você confere os indicados de 2009 ao Prêmio Multishow de Música Brasileira:



MELHOR CANTORA
Marisa Monte
Ivete Sangalo
Vanessa da Mata
Roberta Sá
Ana Carolina

MELHOR CLIPE
La Plata – Jota Quest
Ainda Gosta Dela – Skank
Desabafo – Marcelo D2
Monstro Invisível – O Rappa
Uma Música - Fresno

MELHOR GRUPO
NXZero
Jota Quest
Skank
Fresno
EVA

MELHOR MÚSICA
Beijar na Boca – Claudia Leitte
Amado – Vanessa da Mata
Ainda Gosto Dela – Skank
Desabafo – Marcelo D2
Não é Proibido - Marisa Monte

REVELAÇÃO
Glória
Primadonna
Tulio Dek
Banda Cine
Mallu Magalhães

MELHOR CANTOR
Seu Jorge
Samuel Rosa
Marcelo D2
Rogério Flausino
Lenine

MELHOR CD
Agora – NXZero (jul/08)
La Plata – Jota Quest (out/08)
Estandarte – Skank (out/08)
A Arte do Barulho – Marcelo D2 (nov/08)
Claudia Leitte – Ao Vivo em Copacabana (jun/08)

MELHOR DVD DE MÚSICA
62 Mil Horas Até Aqui – NXZero (mar/08)
Multishow ao Vivo – Ana Carolina Dois Quartos (abr/08)
Paralamas e Titãs: Juntos e ao Vivo (jun/08)
Infinito ao Meu Redor – Marisa Monte (out/08)
Multishow ao Vivo – Capital Inicial (jul/08)

MELHOR INSTRUMENTISTA
Gee Rocha - NXZero
Gigi – Ivete Sangalo
Christiaan Oyens – El Niño
Martin Mendonça – Pitty
Débora Teicher – Scracho

MELHOR SHOW
La Plata – Jota Quest
Estandarte - Skank
Multishow ao Vivo – Capital Incial
A Arte do Barulho – D2
Uma prova de Amor – Zeca Pagodinho

TVZÉ
Claudia Leitte – Beijar na Boca – (Renato Iezzi – RJ)
Skank – Ainda Gosto Dela – (Tiago Cardoso – Guarujá / SP)
NX Zero – Cedo ou Tarde – (Cezar Correa – Rio de Janeiro / RJ)
Ivete Sangalo - Dalila – (Kadu Gauer – Jundiaí – SP)
Seu Jorge - Burguesinha – (Lívia Nicoliello – RJ)

Fonte: Território da Música

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

CD N9ve marca as reviravoltas de Ana Carolina

ana carolina


Esqueça os tons excessivamente elevados de canções como Uma Louca Tempestade, Elevador eEncostar na Tua, assim como os mega e exaustivos sucessos radiofônicos É Isso Aí e Quem de Nós Dois. Também deixe de fora a grande quantidade de informação musical do CD duplo de estúdio Dois Quartos, lançado em 2006, e as letras explicitamente polêmicas de Eu Comi a Madona e Cantinho.


Em N9ve, álbum já nas lojas, Ana Carolina buscou um canto mais suave, certa distância de alguns hits da carreira, repertório enxuto (“apenas” nove canções) e letras que não mereceram a indicação de 18 anos, como aconteceu no anterior Dois Quartos. Tudo isso, segundo a artista, sem intenções prévias.




“Não penso antes de fazer um disco. Faço as canções e, depois, acontece. O processo foi, nesse sentido, mais sintético. Resolvi colacá-las no CD cantando de maneira mais suave. Acho que foi um ponto positivo porque nem sempre as pessoas aguentam escutar 24 canções em um álbum”, diz a artista, em entrevista por telefone.



Com o trabalho, que comemora dez anos de uma bem-sucedida carreira fonográfica (três milhões de CDs vendidos, aproximadamente), a artista busca um tipo de reposicionamento, a começar pelo conceito do projeto gráfico do álbum, voltado para atmosfera mais “cult”.


Prova disso também é evidenciada em algumas declarações da cantora, principalmente naquelas que envolvem arrependimentos por sucessos como É Isso Aí, gravado com Seu Jorge, e Quem de Nós Dois.






Não sei nem se gravaria estas músicas. Acho que quando passa o tempo, você modifica um pouco o olhar em relação às coisas. Não gravar acho radical. Mas não faria com aquele arranjo, daquela maneira. Tanto que estas canções foram relidas”.

Mas Ana sabe bem que mexer a tal ponto em time que ganha é por demais arriscado. Quando questionada se as músicas sairiam por completo dos shows, prefere ponderar. “Talvez eu cante. Não defini o que fazer no próximo show. É lógico que as canções do N9ve vão estar presentes, mas não dá pra fazer um show com nove músicas”, diz.


Julgamentos – Por ser uma das cantoras que mais vendem discos e fazem shows no Brasil – N9ve saiu com 99.999 cópias de tiragem inicial, só não 100 mil para combinar com as coincidências que ela quis abarcar com o número 9 – , a artista afirma que nem sempre a obra é assimilada no total e que parte do público recai no preconceito.




“Quando você começa a escrever sua história, você vira a sua história. Quando vão falar de Ana Carolina, é inevitável as pessoas não se esquecerem de Garganta, Quem de Nós Dois… Isso acontece principalmente com o público flutuante, que só conhece músicas de trabalho”.


E completa: “Tem uma facção que vai para o show ouvir É Isso Aí, mas tem gente ligada em outras coisas, que não são menores porque fizeram menos sucesso. Muitas vezes, você fica resumido a uma fragrância, como se fosse só aquilo”.



O fato de sempre ser apontada como polêmica nunca incomodou a mineira.




Tudo que gera assunto mexe com a percepção de cada pessoa, com a ideia de cada pessoas sobre a própria vida. Nenhuma forma de arte faz sentido se você não tocar o outro. Eu prefiro muito mais a polêmica, para o bem ou para o mal, do que quando você passa batido. A apatia é a pior coisa”.



Entre as controvérsias , está a famosa capa da revista Veja, publicada em 2005, na qual assumiu a bissexualidade.




Acho que repercutiu um pouco às avessas. As meninas, o público gay, talvez tenha se incomodado. Difícil mensurar isso porque o show continua lotado. Mas elas questionaram o fato de eu gostar de menino também”.



Ana Carolina diz que acompanha o que é publicado sobre seu trabalho a ponto de telefonar para debater. “Quando conheço o trabalho do crítico e vejo que tem algo incoerente, eu passo a mão no telefone e ligo”. A cantora, contudo, faz distinção entre os textos. “No Brasil, escrevem como querem e você fica na mão de um comentário. Tem críticas que, mesmo falando mal, são coerente. E tem outras que são implicantes. O cara vem falando mal há anos de pessoas que nem eu ou você teríamos coragem de falar. Falam até de Tom Jobim. A função é falar mal. Neste caso, não passo a mão no telefone. Não perco tempo”.



Fonte: Jornal A TARDE On Line.

Gilberto Gil e Maria Gadú no mais novo DVD de Ana

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Ana Carolina gravará seu novo DVD no próximo dia 26. Baseado no seu mais recente disco, N9ve, o vídeo terá dois convidados especiais: o mestre Gilberto Gil, que dividirá os vocais com Ana em Torpedo, e a cantora novata Maria Gadú (detalhe acima), que cantará um blues, de autoria da Ana, que foi excluído do disco na mixagem.



Fonte: Blog Cantadas

sábado, 15 de agosto de 2009

Numerologia

ana-carolina_numerologiaSempre que acaba de gravar um CD, Ana Carolina analisa e conclui que poderia ter feito melhor. No caso de algumas canções, como a versão de Quem de nós dois (de 2001), curiosamente um dos seus maiores sucessos, ela gostaria de poder voltar no tempo e refazer a gravação. Com Nove , o CD que lança e com o qual comemora dez anos de carreira, foi diferente. “Desse eu gostei”, diz a cantora mineira, que também estreia seu novo endereço no Rio: uma casa no Jardim Botânico de projeto e vista cinematográficos. Nove tem nove músicas, será vendido a R$ 19,99, com tiragem de 99.999 unidades e lançado com show no dia nove de setembro de 2009. Ela mesma explica a superstição: “Não é TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), é um carinho com o número”. Ana sempre gostou de numerologia mas é a primeira vez que demonstra isso publicamente. A cantora fez tanta questão que tudo combinasse que barrou uma décima canção no CD, um blues, só para garantir as boas influências do número da sorte.

Fonte: Tribuna POP

CD: “Nove” (Ana Carolina) – Para o santo não entediar

Por Luiz Felipe Carneiro


“A minha oração é bem curta pro santo não entediar”. Mais do que um verso de uma das nove faixas de “Nove”, novo álbum de Ana Carolina, essa frase está transcrita em seu luxuoso encarte. Antes mesmo de chegar às lojas, o novo trabalho da cantora mineira já causou polêmica pelo fato de conter “apenas” nove faixas. Como se quantidade significasse qualidade. Para derrubar qualquer argumento crítico com relação à pouca quantidade de músicas, basta citar “Urubu”, de Antonio Carlos Jobim, e que contém apenas oito faixas. (Só citei “Urubu” porque foi o primeiro disco com poucas faixas que veio à minha cabeça.)


Bom, “Nove”, último álbum de Ana Carolina, lançado na semana passada, está muito distante de “Urubu” – e o intuito aqui não foi fazer uma comparação qualitativa, mas, tão somente, com relação ao número de faixas. Em compensação, ele prova que quantidade não é documento. Isso porque, “Nove” soa superior a “Dois Quartos”, o gorduroso CD duplo que Ana Carolina lançou em 2006, e que tinha nada menos que 24 faixas (?!?).


Para os detratores do trabalho de Ana Carolina, a crítica é fácil: “só terei que suportar nove músicas novas”. Esse não é o caso aqui. Tudo bem, se você não gosta de Ana Carolina, pode ter certeza que não será “Nove” que fará com que você se torne fã da cantora. “Nove” é, sim, melhor do que o anterior “Dois Quartos”, mas também não pode ser considerado “o grande álbum de Ana Carolina”. Aliás, se Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto já lançaram um grande álbum (”Pelo Sabor do Gesto” e “Maritmo”, respectivamente), Ana Carolina ainda está devendo o seu “grande álbum”. Infelizmente a oportunidade, mais uma vez, foi perdida com “Nove”.


Há boas canções em “Nove”, não há dúvidas. Mas falta um laço conceitual entre elas. E a grande quantidade de participações especiais (1/3 do disco) acaba dando a impressão de que Ana Carolina quis atirar para todos os lados. Apesar da ótima produção de Alê Siqueira (em três faixas) e da dupla Mário Caldato / Kassin (nas seis restantes), as participações de John Legend, Chiara Civello e Esperanza Spalding soam excessivas e deslocadas.


“Entreolhares (The Way You’re Looking At Me)” possui um ótimo arranjo de metais de Lincoln Olivetti. Mas para quê a voz de John Legend? Não se trata de implicância. Mas por que essa mania tupiniquim de colocar um artista internacional para participar do álbum. Será que dá mais credibilidade? Será que os executivos da gravadora pensam que Ana Carolina não se garante se não tiver um encarte repleto de nomes estrangeiros escritos? E o que dizer de “Resta”? O potente arranjo de cordas de Arthur Verocai não é o suficiente? É necessário colocar uma mulher cantando em italiano? Ah, fica mais chique…


Quando Ana Carolina resolve cantar sozinha, tudo fica muito mais natural. Basta ouvir a faixa de abertura do álbum, “10 Minutos (Dimmi Perché)”, um tango eletrônico produzido por Alê Siqueira e que tem todo o jeitão de hit. “Tá Rindo, É?” é outro destaque de “Nove”. Produzida por Mário Caldato e Kassin, a faixa é moderna e deliciosa, com mais um bom arranjo de metais (dessa vez a cargo de Felipe Pinaud) e os teclados e o “talk box” de Donatinho. Seguindo o mesmo estilo mais moderno, “8 Estórias” não desce tão bem, com a sua letra cansativa, que cita o nome de diversas mulheres, de Giovanna a Carmen. As coisas melhoram (e muito) com o samba (cheio de barulhinhos eletrônicos) “Torpedo”, composto por Ana Carolina, Gilberto Gil e Mombaça. E nem precisou chamar nenhum gringo para cantar…


No final das contas, a impressão que ficou foi a de que, a despeito do pequeno número de faixas, “Nove”, apesar de melhor, ainda soa tão gorduroso quanto o seu antecessor de estúdio “Dois Quartos”. Talvez o problema não seja exatamente o número de faixas. Mesmo com oração curta, o santo ainda pode entediar…



Cotação: ***

***** Ótimo
**** Muito Bom
*** Bom
** Regular
* Ruim

Fonte: SRZD / Esquina da Música

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Barbie Ana Carolina

Quem não gostaria de ter a sua ?


Ana Carolina by Marcus Baby 003Ab


Por Marcus Baby


Ana Carolina by Marcus Baby 015Ab“Gastei muito pouco tempo para customizar essa boneca, pois ela literalmente saiu de uma tirada só! Fui na loja já imaginando uma Barbie que funcionaria como a cantora Ana Carolina, achei, comprei e corrí para casa, seco para iniciar minha nova doll.


O visual que escolhí foi o do seu DVD “Dois Quartos”, onde Ana aparece com um elegante terno, cabelo mais claro e mais elaborado, sorriso enigmático nos lábios e um tremendo cruscifixo transparente sobre seu colo.


Iniciado os trabalhos, comecei com seu cabelo original que foi totalmente trocado por um outro de cor similar ao do DVD: apliquei tudo, cortei e moldei grandes cachos pesados. A maquiagem foi modificada, onde fechei um pouco os olhos da boneca e coloquei um tom de boca ao seu batom. A calça comprida e blazer foram feitos por minha mãe. A blusa interna foi montada na cola no corpo da boneca e sua jóia de pescoço foi aplicada pedra por pedra com uma pinça devido ao tamanho e delicadeza dos strass utilizados, tudo com uma cola especial. O detalhe final ficou por conta da guitarra que resolví fazer depois de concluir que seria muito complicado criar um piano para o ensaio fotográfico ou muito pobre aplicar em sua mão apenas um pandeiro, kkkkkk… No geral, todo o trabalho levou 2 semanas de planejamento e apenas 4 dias para execução.


ana-carolina-by-marcus-baby-001ab2"Finalzinho de domingo, quase 11 da noite e eu me preparando para dormir pois a semana que estava por vir, já prometia. Na TV com volume bem baixinho começava um especial tributo, onde várias cantoras interpretavam a sua maneira os sucessos antológicos do Roberto Carlos… De repente, naquela sensação gostosa de anestesia que só mesmo o inicio de sono consegue provocar, ouço os primeiro acordes de “Força Estranha”, resolvo abrir os olhos e aumentar o som: lá estava a Ana Carolina chiquérrima com toda a sua potencia e simpatia, um pouco nervosa – talvez devido a “magnitude” do evento que participava – e completamente magnífica em sua performance do mega-hit do “Rei” que simplesmente me causou arrepios… Cara, foi inenarrável! Se eu já a admirava graças ao seu talento e indiscutível forte presença de palco, nessa mesma noite (ao término da música), relaxei e prometi a mim mesmo que a recriaria o mais breve possível numa boneca exclusiva que, com certeza, não poderia falta na minha coleção de custom dolls."



Fonte: Blog Bonecos do Baby

ana-carolina-by-marcus-baby-025abAos fãs mais afoitos, lamentamos informar que a boneca não está à venda. O artista faz as costumizações como Hobby, portanto ele não fabrica brinquedos e não aceita encomendas. Ele apenas divulga sua arte para apreciadores do gênero, fãs das celebridades relacionadas, amigos e curiosos de plantão. Por favor não insistir.





Equipe Donana carolina

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Depois de dez, ‘Nove’

Bruno Calixto
Enviado especial

O primeiro CD (homônimo) de Ana Carolina saiu do forno em 1999. Dez anos depois, ela está prestes a iniciar uma turnê do álbum intitulado “Nove” (Sony Music), que tem nove faixas, a partir do dia 9 de setembro (mês 9). Um DVD, porém, planejado para ficar pronto ainda este ano, pode adiar o início dos shows, mas não os planos da cantora juizforana, que recebeu a Tribuna em sua casa no Jardim Botânico, no Rio. “Fico tão focada na parte artística, que não acompanho muito a agenda. Mas adoraria apresentar este trabalho em Juiz de Fora”, dispara Ana Carolina, sem saber, ainda, onde levará os novos sucessos, todos assinados por ela, reunidos no álbum produzido pelo trio Mário Caldato, Kassin e Alê Siqueira.


Completando uma década de carreira na Cidade Maravilhosa, Ana Carolina apostou em participações internacionais no disco, como a italiana Chiara Civello, que coassina “Traição”, “8 estórias”, “10 minutos” e “Resta”. Dos Estados Unidos, Esperanza Spalding empresta sua pegada jazzística à “Traição”, enquanto John Legend completa o duo com letra e voz para a suingada “Entreolhares”, primeira música de trabalho do CD, que já se encontra disponível nas lojas.


Encerrar um ciclo e iniciar outro não parece ser obstáculo para Ana Carolina, que segue entre as maiores compositoras do país, sem deixar seu romantismo para trás. O que pode ser conferido em versos como “Eu já não sei respirar / Quando estou ao lado seu / Juro que me falta ar”, de “Resta”. Afinal de contas, Ana Carolina é uma artista que não esconde que ama. E nem pretende parar de falar de amor.



Tribuna – Em “Dois quartos”, seu penúltimo CD, você toca baixo e faz um som mais pesado. Qual é a cara de “Nove”?
Ana Carolina – Se vai ser mais balada ou mais rock’n’roll eu nunca sei, só faço as canções. Em “Nove” a suavidade reinou porque tem baladas como “Dentro” e “Traição”, em que eu canto de uma maneira mais minimalista.

- O samba continua reinando também?
- Depois que eu fiz “Cabide” para a Mart’nália, fiquei mais à vontade para persistir e criar canções do estilo. Então fiz o samba “Torpedo”, que ficou três meses sem letra, e eu resolvi mandar para o Gilberto Gil, achando que era a cara dele. Em dois dias, ele me mandou a letra. Já o outro samba, “Tá rindo, é?”, é uma parceria com Mombaça e Antonio Villeroy. Este (ultimo) é uma espécie de Erasmo (Carlos) para mim.

- Como foi trabalhar com Chiara Civello?
- Chiara assina comigo “Traição” e “Resta”, uma balada que mistura música brasileira e italiana. Depois, a gente fez “10 minutos” e “8 estórias”, uma canção ficcional, em que todo mundo pergunta se eu fiquei com aquelas oito meninas, mas não é nada disto. O mais engraçado é que a versão da Chiara, em italiano, fala de meninos, enquanto eu quero falar das mulheres.

- E com os americanos?
- Para “Traição”, eu chamei Esperanza Spalding, uma cantora muito popular no jazz americano, que toca baixo e canta na faixa. Teve também John Legend, que sempre fui fã, mas não conhecia, na faixa “Entreolhares” que fiz com Antonio Villeroy.

- Apesar de mais coeso, “Nove” seria seu trabalho mais consistente?


- O lado autoral está vindo cada vez mais com força, e as pessoas me pedem música. Maria Bethânia foi a primeira pessoa que gravou uma música minha, “Pra rua me levar”, e logo me pediu outra, “Eu que não sei quase nada do mar”, que fiz com Jorge Vercilo. Comecei a compor para as pessoas, e isso é um ponto muito importante. Uma coisa é você ser uma “cantautora”, que fica mostrando o que é seu mas não contribui com outros intérpretes. É preciso assinar, deixar sua marca.



- Antes de gravar “Ana Carolina” (1999), seu primeiro CD, você mostrava seu som em Juiz de Fora. Como foi este início de carreira, em que você dividia os palcos com a Faculdade de Letras na UFJF?
- Eu lembro de muitas pessoas da cidade, como Luizinho Lopes, que foi o primeiro cara que me chamou a atenção para a composição. Ele tinha aquela atitude de chegar e cantar as canções dele, sem tocar um cover. Que legal poder afirmar: “sou compositor, e olha aqui minhas letras”. Gosto muito das meninas do Lúdica Música!, que, inclusive, abriram um show meu em Belo Horizonte. Tive o prazer de dividir o palco com nomes como Knorr, Adilson Santos, Dudu Lima – um grande baixista -, Alex Scio, Tânia Bicalho, Marcela Lobo, Cristiane Vicentin e Salim.

- Novos talentos de Juiz de Fora, como a Myllena, têm buscado seu lugar ao sol, muitas vezes inspiradas em você. Qual seria o caminho?
- A Myllena é maravilhosa. É uma grande promessa para Juiz de Fora, pois tem presença e compõe bem. O principal para uma cantora é a composição. Tem que compor e ter o próprio texto.

- E qual é a receita para alcançar a “tonalidade” certa?
- É muito subjetivo. Gosto é o que se discute neste momento. Tem gente que faz uma canção harmonicamente sofisticada, e nem sempre ela é tão boa como uma de três acordes. Músicas simples, como as de amor, na qual tudo já foi dito, é muito difícil ser diferente. É mais fácil fazer uma canção complicada, que trate de um assunto diferente, que uma música simples que esboce o que já foi tratado. Pois é preciso tocar o outro, e isto só vale a pena quando nossa arte consegue se comunicar.

- De cara, você emplacou o primeiro trabalho fonográfico, “Ana Carolina”, nas paradas de sucesso. Inclusive, faturou o Prêmio Multishow em 2000 na categoria revelação. Este foi seu divisor de águas?
- O grande passo para mim foi ter uma canção deste disco numa novela. Muito mais que qualquer rádio AM ou FM. Rolou ainda uma comparação com a Cássia Eller no início, e sofri por causa disto, embora tenha sido uma honra. Eu gravei o disco morando em Juiz de Fora. Ficava em um hotel no Rio e voltava. Quando começou a dar certo, mudei para cá.

Na ponta da língua






Ana Carolina



> Livro
“A elegância do ouriço”, de Muriel Barbery

> CD
“Amoroso”, de João Gilberto

> Música
“Choro bandido”, de Chico Buarque e Edu Lobo

> Prato
Feijão

> Sexo
Na cama

> Amor
Companheirismo

> Traição
Sem definição

> Merece bis
Eu, Alcione e Maria Bethânia em Santo Amaro

> Nunca
Julgar

> Sempre
Agir com o coração

> Vai no epitáfio
Desculpem a poeira

Fonte: Tribuna de Minas

Ana Carolina: “O universo entre duas mulheres é muito rico”

Bissexual assumida, a cantora revela que pretende congelar seus óvulos


POR VALMIR MORATELLI


ana-carolina-divulgacaoAo lançar seu novo CD, “Nove”, a cantora Ana Carolina mostra que continua sem medo de dizer o que pensa. “Sempre fui de falar as coisas em casa, de maneira aberta. Quando me tornei uma pessoa pública, mantive o que era em casa, falando sobre tudo naturalmente”, diz ela, que completará 35 anos no dia 9 de setembro, quando estreia um show, no Rio de Janeiro.


Ela recebeu QUEM em sua nova casa, uma mansão de três andares, de paredes envidraçadas e muros altíssimos, no bairro do Jardim Botânico, Zona Sul do Rio. Numa das salas, repleta de quadros que ela mesma pintou, livros de capa dura comoThe Allure of Woman e The Big Penis Book predominam sobre a mesa de centro. Entre assessoras, empresárias e empregadas, são nove mulheres presentes por lá. Na entrevista a seguir, como era de esperar, Ana foi franca e direta: disse que vai congelar óvulos para, no futuro, ser mãe; desmentiu os boatos de que teria tido um caso com Adriane Galisteu e, mantendo a natural irreverência, falou de sexo com homens e mulheres.



QUEM: Por que tantos números 9 em sua vida? É uma superstição?

AC: Fiz dez faixas para o disco novo, mas a décima era um blues, que seria um ET no meio de tudo, não tinha nada a ver com as demais. Aí, deixei só nove, ou seja, não foi nada “mirabolado”. Faço aniversário numa data cheia de noves. Quando vi que tinha nove canções, que minha carreira foi lançada em 1999, não teve discussão, pensei: “O CD vai ser Nove e ponto”. Mas não é uma fixação, é só coincidência mesmo.




“NUNCA TRAÍ NEM FUI TRAÍDA. MAS OLHA QUE CURIOSIDADE: SOU FILHA DE UMA RELAÇÃO EXTRACONJUGAL DO MEU PAI. NASCI DESSA TRAIÇÃO, QUE DUROU 12 ANOS."



QUEM: Na música “Tá rindo, é?”, você canta que “Homem bom hoje em dia tá ruim de arranjar”. É isso mesmo?

AC: (Risos) Escuto algumas pessoas falando isso, é um papo universal. Essa música é um papo entre duas mulheres dentro de uma van, falando sobre vestidos, casamento, homens… É uma crônica cantada (ela acende um cigarro e joga as cinzas no chão). Ai, o mundo é um imenso cinzeiro.

QUEM: Você já andou de van?


AC: Cara, andei na época do Ana Rita Joana Iracema Carolina, em 2001, quando fiz vários shows em lonas culturais pela Zona Norte do Rio. Tinha muita vontade de entrar numa van de passageiros mesmo, mas não dá, né? Voltei agora de Londres, ficava no meio da galera, não tinha essa coisa de “Ah, ali a famosa”. É uma sensação boa.



QUEM: Na faixa “8 estórias”, você lista situações diversas com mulheres. São todas suas ex?

AC: Não tem nada de verídico ali. Até porque não ficaria bem falar que só tive oito ex-mulheres. E também não ficaria bem contar de todas essas ex numa música.


QUEM: Num CD anterior, você cantou que “comeu a Madonna”. E o que acha do Jesus Luz?


AC: Vamos manter a heresia, né (risos)? Jesus é muito melhor do que eu. Ela arrasou. Naquilo ali está tudo certo (refere-se a Jesus)! Aliás, se eu fosse comer “com” a Madonna, seria vinho e peixe, multiplicação da comida e da bebida, como na Bíblia.


QUEM: Além de tórridos amores, suas músicas falam bastante de traição. É um assunto que você conhece bem?


AC: Nunca traí ou fui traída. Mas olha que curioso: sou filha de uma relação extraconjugal do meu pai. Nasci dessa traição, que durou 12 anos. Meus pais não foram casados, e ele faleceu quando eu tinha 2 meses. Acredito que você traia porque quer um prazer e não pelo desejo de fazer mal ao outro (a mãe dela chega e interrompe a entrevista para beijá-la). Estava falando da senhora nesse momento, mamãe! Falando bem, claro.



QUEM: Você lidou bem com o fato de saber que foi fruto de uma traição?

AC: Não tinha que lidar com isso. Era fato. E, depois, meu pai morreu sem eu conhecê-lo.

QUEM: Em entrevista a QUEM, em abril de 2008, você disse que gosta “dessa coisa confusa que é o pensamento feminino”. Isso quer dizer que você gosta de discutir a relação?


AC: Adoro! Dos poucos relacionamentos que tive com homens, percebi que vocês são pessoas mais fáceis de lidar, as coisas são como são. Agora, falando da relação mulher com mulher, as diferenças são conversadas, e não ignoradas. Ninguém deixa nada para depois. Pense que são duas mulheres que têm TPM, são naturalmente complexas. Tem uma cumplicidade maior aí. Não sairia com a cueca do cara, mas saio com a calcinha da minha namorada. Uma mulher com outra mulher exerce vários papéis: o de mãe, amiga, namorada, mãe, filha. O universo entre duas mulheres é muito rico.



QUEM: Você pensa em ser mãe?

AC: Não tem como não pensar. Na última consulta, conversei com meu clínico geral sobre congelar óvulos. Ele disse que vai me passar o nome da pessoa com a qual posso fazer isso. Não me vejo hoje tendo condições de dar atenção a uma criança, com o tipo de vida que levo. E sou diabética, não sei com até quantos anos produzirei óvulos. Quero deixar isso relaxado na cabeça. Vai que, com 45 anos, resolvo ser mãe e não posso mais?




“FALANDO DA RELAÇÃO MULHER COM MULHER, AS DIFERENÇAS SÃO CONVERSADAS, E NÃO IGNORADAS. (…) PENSE QUE SÃO DUAS MULHERES QUE TÊM TPM, SÃO NATURALMENTE COMPLEXAS.”



QUEM: Não cogitaria a ideia de adotar?


AC: Sim, por que não? Minha irmã, Selma, adotou duas meninas na Amazônia, sou madrinha delas. Fiquei encantada em ver como aquela relação delas virou uma família cheia de amor.




QUEM: Você já disse que iria inaugurar uma fase mais “colorida” em sua vida, dizendo que estava em busca de um namorado. Isso se concretizou?

AC: Essa fase aconteceu. Mas passou. Eu me aquietei. Estou namorando, não vou falar quem. Estou superfeliz.


QUEM: Está namorando homem ou mulher?


AC: Ai, não vou falar. Corta, corta…


QUEM: No ano passado, você foi clicada aos beijos, num show da Preta Gil, com um rapaz. Vocês namoraram?


AC: A gente ficou, mas não quero expor a pessoa, porque ele não soube lidar com essa história. No dia seguinte, o Orkut dele estava cheio de meninas querendo explicações, a casa dele foi vigiada. Várias meninas diziam na internet: “Não suporto esse cara”, “Jamais esperaria isso dela”… Isso era coisa de gays radicais, claro. O público gay ficou mais incomodado em saber que eu beijei um cara do que o público normal ao saber que eu fico com meninas.



QUEM: Você e Adriane Galisteu tiveram um relacionamento?

AC: Não, imagina.

QUEM: Ela nunca negou nem confirmou.

AC: Eu soube dos boatos. Adriane estava numa época meio complicada. Ela chegou a ir nuns dois shows meus. E aí deu cabo para todo mundo sair falando essas coisas.



QUEM: Vocês são amigas?

AC: Somos amigas assim, de ela ir aos meus shows. Depois do show, a gente sai para jantar, com amigos… Não me incomodam esses comentários.


QUEM: Já namorou menino e menina na mesma época?

AC: Namorar, não. Mas já fiquei na mesma época, sim, e já era adulta. Não sei se eles souberam. Eu soube!



QUEM: Quem você seria se fosse um homem?

AC: Hum… Vou arrebentar nessa resposta! Eu seria uma junção. Teria os olhos do Andy Garcia, cabelos e nariz do Johnny Depp, boca do Brad Pitt e corpo do Wolverine, o Hugh Jackman.



QUEM: O que homens e mulheres têm que ter para te conquistar?

AC: Homem tem que ter convicções, cabeça aberta e não ter família tradicional. Uma mulher tem que ter tudo isso e usar salto alto.



Fonte: Revista QUEM

O Abre a rodinha

Os saraus na casa do compositor Antonio Villeroy são cada vez mais disputados por gente interessada em fazer e ouvir música


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Por Karla Monteiro

Fotos de Marizilda Cruppe

Acontece em média uma vez por mês. A lista de habitués é longa: o escritor Francisco Bosco, a cantora Ana Carolina, o escritor e compositor Jorge Mautner, a novata Maria Gadú, o casal Maria Paula e João Suplicy, o virtuose Yamandu Costa, a poetisa Elisa Lucinda, entre outros artistas — principalmente músicos — de várias vertentes, como Paulinho Moska, Bebeto Alves, João Nabuco, Bena Lobo, Mombaça. Todo mundo que circula por ali escreve, canta, toca.


Os saraus do cantor e compositor gaúcho Antonio Villeroy são coisa fina.


O amplo apartamento fica no Alto Leblon. Das varandas, o Rio lá embaixo, deslumbrante, iluminado, lembrando que a cidade já teve essa tradição musical de portas abertas, gente talentosa reunida, como nos bons tempos da bossa nova, quando Nara Leão, Tom Jobim e Vinicius recebiam sua turma.



— Uma vez chegou aqui o Caetano.

Disse: “Vim de penetra na sua festa.” Respondi: “Penetre à vontade” — brinca Villeroy, imitando o sotaque malemolente do baiano. — Gosto de casa aberta. Mas agora estou tendo que deixar uma lista na portaria. Tem noite em que há mais de cem pessoas. Outro dia desci para comprar bebida, tipo 3h da manhã, e estava uma fila na rua.


Na noite de sábado dia 25 chegamos cedo, tipo dez da noite, à casa de Villeroy — ou Totonho, como é chamado pelos convivas. Na sala, além do piano, dos microfones e dos instrumentos já montados, a família: a matriarca, Heloiza Villeroy; os três filhos dela, Totonho, Carlos Eduardo e Gastão, que toca com Milton Nascimento; mais noras e netos. Até então, parecia tratar-se de uma reunião social comportada, para músicos sérios mostrarem seus trabalhos. Sotaque carregado e índole de anfitrião, Totonho logo esclareceu que sarau é uma tradição que ele trouxe lá de São Gabriel, cidadela dos pampas gaúchos. O pai, o advogado Gil Villeroy, curtia receber os cantores locais para milongas.


— Ainda bem pequeno, lembro de acordar de manhã e ver tudo montado: bateria, violões, microfones. Com 13, 14 anos, eu e meus irmãos começamos a tocar e também a fazer saraus. A nossa turma se misturou à do nosso pai — diz. — Desde que me mudei para o Rio, em 2000, faço reuniões. Novos amigos foram se agregando. E sempre surge gente de surpresa. Outro dia foi a Bebel Gilberto.


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Depois da meia-noite, o apartamento assumiu outro tom. Ou tons. Com os músicos se revezando na rodinha — e a cerveja rolando —, a temperatura subiu. Em cada cômodo da casa uma história, um ritmo, uma toada. Tímida como ela só, Maria Gadú, que lançou seu primeiro disco no Vivo Rio, na semana passada, enfurnou-se num quarto, escoltada pelo amigo Toni Ferreira, um garoto de 24 anos, visual andrógino e timbre — cara também — de Cazuza. Entre um gole e outro, uma baforada e outra no cigarro, Gadú contou que começou a cantar na noite paulistana aos 13 anos e que desde que chegou ao Rio para passar o último réveillon, nunca mais conseguiu ir embora.


— Eu e o meu amigo primeiro ficamos na casa de outro amigo. Como a gente estava sem grana, ele falou vai ficando e a gente foi ficando. Um dia o Rafael Almeida, que é ator, me apresentou para o Jayme Monjardim, falou que eu cantava “Ne me quitte pas”. Ele estava fazendo a minissérie “Maysa”, casou — diz. — Na apresentação da minissérie para a imprensa, fiz um showzinho e um cara da Som Livre me chamou para gravar o disco. Foi indo, foi indo e aí, quando vi, estava morando aqui. Agora a minha mãe se injuriou com São Paulo e veio para cá também.


Enquanto Gadú conta sua história, Maria Paula se joga no sofá e seu marido, João, Suplicy puxa um Chico Buarque no violão. Em seguida, impulsionado por João Nabuco, que ficou absolutamente admirado com a semelhança, Toni Ferreira, o acompanhante da cantora paulistana, emenda um Cazuza. Acreditem: reencarnação.


Na sala, Yamandu, Totonho e seus irmãos, Gastão e Carlos Eduardo, arrasam com a levada sulista.


Coisa para aplaudir de pé. Yamandu resumiu muito bem o sarau do conterrâneo. Segundo ele, trata-se de um zoológico musical.


— O Totonho junta gente de várias vertentes, que nunca se bicam: músicos eruditos, músicos que já estouraram, músicos que querem estourar, figuras mais pops, gente jovem precisando de acesso — diz. — É muito difícil fazer isso, misturar tantas tendências. Esse tipo de coisa estava fazendo muita falta no cenário musical.



É básico para a formação de amizades e parcerias.

Os encontros, de fato, acontecem por ali. Em uma ocasião, a cantora e compositora italiana Chiara Civello apareceu, recomendada por Mauro Refosco, da banda de Bebel Gilberto. Curtiu tanto que virou parceira musical de Totonho e também de Ana Carolina. Outro que se apaixonou pela cena foi Jesse Harris, músico americano que emplacou hits na voz de Norah Jones. Depois de uma noite de sarau, ele e Totonho compuseram juntos e agora o disco de Harris vai sair pelo selo do amigo brasileiro, o Pic Music. Gadú já confirmou presença no próximo DVD de Ana Carolina. As costuras rolam, regadas a cerveja, vinho, vodca e brigadeiros.


— Acho que sou um dos mais assíduos frequentadores. Aqui fiz parcerias com o João Suplicy, com a Ana Carolina, com o Totonho Villeroy. O sarau é uma forma de compartilhar, de interagir, de encontrar os virtuoses, numa onda free — define Mombaça, um dos principais parceiros de Mart’nália.


— Hoje já existe um circuito de gente que faz saraus em casa. Eu tenho composições com o Totonho. O João Suplicy musicou um poema meu, que ouviu aqui.


São noites maravilhosas, com pessoas maravilhosas. Na última, terminamos eu, Paulinho Moska, Hamir Haddad, Selma Reis, Tunai e Totonho, todo mundo até de manhã — conta Elisa Lucinda.



Fonte: O Globo

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ana Carolina fala sobre seu novo CD, N9ve


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Celebrando uma década de uma das carreiras mais bem-sucedidas comercialmente da atual MPB, a cantora Ana Carolina lança neste mês o álbum “N9ve”.


O nome do disco não é por acaso: o número nove sempre teve uma importância mística para a cantora, a começar pelo dia de seu aniversário: 9 de setembro (9/9). Como não poderia deixar de ser, traz nove faixas, uma composta em parceria com Gilberto Gil. O CD traz participações especiais de três músicos estrangeiros: os norte-americanos John Legend e Esperanza Spalding e a italiana Chiara Civello. Ana Carolina falou ao Metro sobre seus convidados e seu novo álbum.


O seu último disco, “Dois Quartos”, era duplo e tinha 24 canções. O atual é simples e tem só nove. Por que optou por menos músicas?




Por que tinha só nove músicas mesmo, é um trabalho mais enxuto. Já houve muita reclamação, gente que prefere mais músicas, mas tantas como no último disco é só para quem é muito fã mesmo. Para o outro CD, também tive muito mais tempo para compor, pois não fiz turnê antes dele. Mas agora fiz muitos shows e isso dificultou o processo de composição.



Como surgiu a parceria com Gilberto Gil, em “Torpedo”?

Eu compus a melodia e achei que tinha a cara do Gil. Eu o procurei e pedi para que que escrevesse uma letra. Em dois dias, ele me respondeu com a letra prontinha.



Quatro das músicas do disco são assinadas por você e pela italiana Chiara Civello. Como surgiu esta parceria?

Eu a conheci quando ela veio ao Rio, fomos apresentadas e a parceria nasceu instantaneamente. Fluiu. "



E como surgiu a ideia de cantar com Esperanza Spalding e John Legend?




A Esperanza eu tentei conhecer quando ela veio ao Brasil.Trocamos e-mails e ela aceitou voltar ao país para cantar e tocar baixo acústico na faixa “Traição”. Era fã do John Legend, também entrei em contato por e-mail. Fiquei muito feliz por ele aceitar gravar."



A MPB tem um público cativo, mas poucos já venderam tanto quanto você. A que você atribui tanta popularidade?




Não tenho a menor noção… Faço o que eu quero e o que eu gosto. Dei sorte, mas também tem muita verdade no meu trabalho.



Fonte: E Band

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ana Carolina comemora 10 anos de carreira com Nove

Rio, 10 (AE) – Sempre que acaba de gravar um CD, Ana Carolina analisa e conclui que poderia ter feito melhor. No caso de algumas canções, como a versão de Quem de Nós Dois (de 2001), curiosamente um dos seus maiores sucessos, ela gostaria de poder voltar no tempo e refazer a gravação. Com Nove (SonyBMG), o CD que lança e com o qual comemora dez anos de carreira, foi diferente. “Desse eu gostei”, diz a cantora mineira, que deu entrevista em seu novo endereço no Rio: uma casa no Jardim de Botânico de projeto e vista cinematográficos, para a qual se mudou recentemente.


Nove tem nove músicas, será vendido a preço sugerido de R$ 19,99, com tiragem de 99.999 unidades e lançado com show no dia nove de setembro de 2009, no Citibank Hall (quando ela completa 35 anos). “Não é TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), é um carinho com o número”, brinca. É seu algarismo da sorte há muito tempo. A relação é tamanha que Ana limou uma décima faixa – um blues que ela julgou não ter lugar junto aos sambas e baladas já escolhidos -, para que ficassem apenas nove.


O último CD de inéditas foi o duplo Dois Quartos (2006), com 24 faixas. Dessa vez, ela quis chegar ao que considera essencial. “É um disco mais enxuto, mais coerente”, diz Ana, que se cercou de gente competente a qual admirava, a começar pelos produtores, Kassin, Mario Caldato e Alê Siqueira. Eles trouxeram músicos como Alberto Continentino (baixo), João Parahyba (percussão) e Donatinho (teclados). Ana preferiu não se ocupar da produção, como fez nos trabalhos anteriores. Gostou de mudar. “Quando você já tem seus métodos, é muito bom que reveja seus conceitos”, justifica


Ana foi atrás da cantora e contrabaixista norte-americana Esperanza Spalding, que toca em Traição; em Entreolhares (The Way You’re Looking at Me), a música bilíngue que está tocando nas rádios, ela faz dueto com o cantor de R&B John Legend. A composição é dela, de Legend e Totonho Villeroy, seu constante parceiro. Traição é de Ana com a italiana Chiara Civello, a quem ela conheceu em saraus, e que coassina mais três: Resta (esta também de Dulce Quental), 10 minutos (Dimmi Perché) e 8 Estórias (uma coletânea de malsucedidos casos de amor entre mulheres).


Ana e Mombaça mandaram um samba e rapidamente Gilberto Gil fez a letra de Torpedo. A ultraromântica Dentro (Escolhi o pior lugar pra me esconder/Me tranquei por dentro de você/E não sei mais sair) ela compôs com Dudu Falcão; a divertida Tá Rindo, é?, outro samba, é do trio Ana/Mombaça/Villeroy.


Afora Gil, são compositores que estão com ela desde os hits Garganta, Nada Pra Mim e Quem de Nós Dois, que ajudaram a cantora de barzinhos “conhecida só por 200 pessoas em Minas Gerais” a vender mais de dois milhões de discos (este é o oitavo, sendo o quinto de inéditas), e a amealhar prêmios ano a ano.


Credenciais que fazem com que Ana não se deixe abalar por quem critica seu apelo popular.




Tem compositor que se acha bom demais para tocar na rádio. Eu ganhei prêmio de melhor música no Domingão do Faustão cantando Carvão, que é uma das canções mais sofisticadas do Dois Quartos. Tem uma coisa que conta bastante no Brasil, que é o carisma. Quem tem carisma pode gravar qualquer coisa e conseguir se comunicar com o homem e a mulher comuns.”



Fonte: Gazeta do sul


domingo, 9 de agosto de 2009

Ana Carolina lança o CD N9ve

Cantora faz pose de mulherão, amplia o leque de parceiros com artistas estrangeiros e avisa: “Quero me superar”


ana carolina noveb“Sinal dos tempos”, deduziu Ana Carolina, depois de ser informada pela gravadora de que Entreolhares, a primeira música de trabalho de seu novo álbum, atingiu a marca de 10 mil downloads em apenas um dia. Parceria da intérprete mineira com o gaúcho Antonio Villeroy e o norte-americano John Legend Stephens – que a traduziu para o inglês –, a canção é provavelmente um retrato fiel de Ana Carolina.


Afinal de contas, ela sofreu transformações notáveis em uma década: do físico (o mulherão das fotos atuais simplesmente não existia no início de carreira) à produção confessional – que, para alguns, está cada vez mais para a música americana que para a brasileira.




“Podem gostar ou não de mim, mais eu tento. Estou fazendo música do meu jeitinho, com o meu violão e as minhas coisas”,



defende-se a cantora e compositora de Juiz de Fora. Ela avisa: vai continuar tentando se superar a cada trabalho.




“Acho que é por aí”, diz.



Em 9 de setembro, ela inicia pelo carioca Citibank Hall a turnê nacional de lançamento de N9ve.


Nove escrito assim mesmo? Sim. Além de referência ao número (reduzido) de faixas, o novo disco alude à data de nascimento dela: 9 de setembro. Ah, a Sony/BMG anunciou que a tiragem é de 99.999 cópias. Pode? Pode. Sétimo álbum solo de Ana Carolina, além de um representante do legítimo rhythm & blues (John Legend), que casa perfeitamente com o timbre poderoso da mineira, a lista de convidados internacionais inclui a cantora italiana Chiara Civello, radicada nos Estados Unidos, que divide com Ana a autoria de quatro canções (10 minutos, Estórias, Resta – cantada pela dupla – e Traição), e a contrabaixista americana Esperanza Spalding (participação especial em Traição).


De Dois quartos (o álbum duplo anterior, de 24 faixas) para N9ve (que ela, em tom de brincadeira, classifica de “quitinete”), Ana Carolina parece querer reafirmar a possibilidade de carreira internacional, ainda que não troque de língua para soltar o belo vozeirão.




“O número de faixas do disco foi apenas coincidência, nada mais. Quando vi, eram nove músicas prontas para gravar. Tanto que a décima, o blues chamado Mais que a mim, nada tinha a ver com esse repertório e acabou ficando de fora”, destaca. “Pode parecer que fiz um álbum menor porque o último foi grande, mas não tem nada a ver também.”



INTERNET

A presença de convidados gringos foi outra obra do acaso, revela Ana.




Passo muito tempo na internet, onde descobri o John Legend. Peguei a faixa, mandei para ele perguntando se queria gravar. Ele disse que sim e fez a versão para o inglês”, relembra.



Chiara Civello chegou por meio do neto de Tom Jobim Daniel Jobim, que a apresentou à cantora italiana.

Quando criança, ouvia canções italianas”, recorda Ana Carolina. “Chiara me fez conhecer algumas cantoras novas e canções antigas da Itália. Nós fizemos verdadeira troca musical.”



Se Entreolhares for tão bem nos países em que o disco de Ana deve ser lançado, a mineira não descarta a hipótese de se lançar fora do Brasil.




Não tenho carreira internacional”, assume ela, informando que fez shows apenas em Portugal e nos Estados Unidos. “Quem sabe N9ve não traga exposição maior lá fora, fazendo com que a gente arrume um jeito de cantar no exterior? Seria bacana.”



Antes que acusem Ana Carolina de se americanizar de vez, vale lembrar: o velho e bom samba, ainda que às vezes meio estilizado, marca presença em seu novo trabalho.


Gil Um belo exemplo do gênero genuinamente brasileiro é Torpedo, faixa com participação de Mombaça e letra esperta do ex-ministro Gilberto Gil: “Desde que o samba começou/ O bamba sempre usou/ Variações inúmeras para dar/ Conta de tantas emoções…”. Esses versos refletem as misturas e transformações inevitáveis da MPB “desde que o samba é samba”, como cantou Caetano Veloso.



Para Ana Carolina, já se foi o tempo em que se media o sucesso de um artista ou de uma canção por vendagem de discos ou sua execução em rádio.

Quando recebi a notícia de que Entreolhares teve 10 mil downloads em um único dia, vi que a gente mede sucesso dessa forma. O sinal dos tempos está aí”, constata. “Esse tipo de coisa não atrapalha o artista. Atrapalha a gravadora, quem ganha dinheiro com venda de música. Artista ganha dinheiro é com show”, conclui.



Fonte: UAI

A graça de graça

Por Francisco Bosco

A câmera enquadra o rosto de um Mick Jagger novinho, recém-chegado aos twenties. O repórter pergunta: “Quanto tempo você acha que vão durar os Stones?” E Mick: “Um ano, talvez dois…” A cena faz parte do docshow “Shine a light”, dirigido por Martin Scorsese em 2006, quando a banda completava mais de 40 anos. Dos anos 60 para cá, o rock tornouse em grande parte “uma banda numa propaganda de refrigerante”.


Com o crescimento da indústria de discos (pré-internet e pirataria), tornaram-se comuns produtos musicais com obsolescência planejada. Mesmo os artistas “de verdade” perceberam que a continuidade de seu contrato atrelavase à performance nas caixas registradoras.



Em suma, tudo se submeteu a um processo de profissionalização.

O amadorismo foi deixando a cena.

A partir dos anos 70, esse desaparecimento foi constatado. O samba de Bosco e Blanc dizia: “Já não tem mais lugar pra amador.” E Tom Jobim arrematava: “O Brasil não é lugar pra amador.” Ocorre que o amadorismo é — para o bem e para o mal — um traço da cultura brasileira. Foi a bossa nova que lhe deu a expressão utópica de uma perfeição que brotasse espontaneamente, sem esforço, desenhando um caminho (que não foi seguido) para o Brasil.


Mas eis que o amadorismo ressurge na cena inventada por Antonio Villeroy já há alguns anos. Seus saraus reúnem cancionistas, músicos, poetas e simpatizantes das mais diversas linhagens, todos atraídos pela proposta irrecusável de fazer e ouvir música sem receber nada por isso. Você entra num quarto e encontra Maria Gadú sentada no chão cantando “Ne me quitte pas” entre taças de vinho, poucas pessoas e o ouvido atento de Ana Carolina. No outro quarto estará o exímio violonista Daniel Santiago mostrando uma nova peça de sua autoria ou desfilando pérolas da MPB. Enquanto isso, na sala, os gaúchos vão armando sua milonga.


É nessa hora que a noite caminha para seu clímax. Aí, depois de sambas, de pop, de jazz, o Brasil vai parar lá no Chuí, na fronteira, enquanto todos cantam, dançam e bebem, em estado de graça. E tudo isso de graça.



Fonte: O Globo

sábado, 8 de agosto de 2009

Cada Vez Que Eu Fujo, Eu Me Aproximo Mais

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Esse texto não é sobre o disco “Nove” de Ana Carolina. Esse texto é sobre a força e o carisma de um artista, independente do ser crítico ou do gosto de cada um.


Cantora aqui em casa chega cedo. Até mesmo antes de gravar notícias chegam ao meu ouvido e eu pego o primeiro trem bala para ir ao encontro de uma delas. As vezes é uma rota de colisão: um acidente de percurso. As vezes é a glória do saber querer, um explode coração. E Ana Carolina foi assim: naquele ano seu primeiro disco assombrou a todos e iluminou a minha casa. Era um disco irregular, apesar de hoje os críticos o considerarem um clássico e ficarem eternamente comparando com os posteriores. Ali já estavam sua voz potente, as composiçoes próprias de estilo vingativo e um visual vermelho em todos os sentidos. Arrebatou o Brasil imediatamente. Atravessei a sua vida no segundo disco quando já estava totalmente abduzido pelo seu canto.


Mas esse texto nao é sobre talento. É um texto sobre a amizade. Sobre admiração mútua. Essa semana fui para o Rio de Janeiro e escolhi sua casa como abrigo. Ali passamos horas indescritiveis de alegria e emoção. Ouvimos músicas (nunca as nossas), rimos madrugadas inteiras, discutimos arte e amor como dois irmãos que somos. Dias inesquecíveis onde matamos nossa saudade.


Eu não uso linhas telefônicas com Ana. Tampouco ela me procura com frequência. Não existem emails. Skype uma vez e foi com a câmera desligada (eu juro!). Mas somos ligados num acordo intimo. Como a mão direita e esquerda.


Ana Carolina é uma artista de sucesso . E esse bem suceder ela divide com todos ao seu redor. Que bom que eu estou ali. Numa platéia espremido na turba enfurecida ou no sossego do seu lar. Coisa boa é poder se estar ao lado de gente vitoriosa. Levanta o astral e faz bem a saûde.



Fonte: Site Oficial DJ Zé Pedro

“Sou fruto de uma traição”

Clique na imagem para ampliar a entrevista


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Veja o vídeo que Ana carolina fez para o Jornal Extra





Fonte: Jornal Extra online

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ana Carolina, romântica e concisa

Tomas Rangel PhotographyAna Carolina comemora a primeira década de carreira com novo disco, o sucinto “Nove” (Sony Music). Algo cabalístico, ela conta com nove músicas, da cantora que nasceu no dia 9 do mês nove, e gravou seu primeiro disco em 1999. Mas, segundo ela, não representa mais que uma coincidência que ela fez questão de lembrar. O trabalho, conduzido por três dos mais importantes produtores do cenário brasileiro – e internacional – Mario Caldato (Beastie Boys, Beck, Planet Hemp), Kassin (Los Hermanos, Orquestra Imperial, Caetano) e Alê Siqueira (Tom Zé, Paulinho da Viola, João Donato), traz parcerias inéditas e participações internacionais.


Entre os convidados estrangeiros, a italiana Chiara Civello, que assina com Ana “Traição”, “8 estórias”, “10 minutos” e “Resta” – nesta, também toca piano e canta -; o norte-americano John Legend, que compôs e canta “Entreolhares”, primeira música de trabalho, em rotação nas rádios; e a baixista, também norte-americana, Esperanza Spalding, com seu suíngue jazzístico em “Traição”.


Como parceiros, comparecem Gilberto Gil, que presenteou a mineira de Juiz de Fora com a letra do samba “Torpedo”, e o parceiro de longa data Antônio Villeroy, que participou também de “Entreolhares” e em “Tá rindo, é?”. Além disso, músicos como João Parahyba, Davi Moraes, Pedro Bernardes, Daniel Jobim, Arthur Verocai, Donatinho e Carlos Trilha participam da sonoridade diversa, que inclui arranjos de cordas e metais, além de de instrumentos como cello, violino e harpa, junto com a levada mais pop da guitarra baixo e bateria.


O romantismo é o tema recorrente nas letras de “Nove”, em canções como “Resta”, “10 minutos”, na parceira com Legend, “Traição”. Destaque para “8 estórias”, que enumera oito mulheres e relações com uma marcação tensa e suave ao mesmo tempo.


Autora de sucessos estourados em todo o país, como “Garganta” (feita para ela pelo compositor Totonho Villeroy) e “Quem de Nós Dois”, do primeiro e segundo disco, ela gravou, em 2003, “Estampado”, uma mistura de rock, balada, samba e bossa, que trouxe parcerias inéditas, entre elas, Chico César e Seu Jorge, com quem iria gravar, em 2005, “Ana & Jorge ao Vivo”, No final de 2006, Ana Carolina lançou seu quarto álbum, o CD duplo “Dois quartos”; de um lado, canções mais pops, do outro, experiências de novos sons e novas idéias.


Desde o primeiro disco, Ana Carolina descobriu um público fiel que a acompanha com uma devoção pouco vista com outras cantoras e bandas, com raras exceções, como a paixão desbragada dos fãs da finada banda carioca Los Hermanos. Seus shows são verdadeiras exaltações de amor a ela e sua música, que devem se repetir mais uma vez nas apresentações deste conciso “Nove”.



Assista à entrevista exclusiva de Ana Carolina ao SaraivaConteúdo



Fonte: Saraiva

Ana Carolina assume ser grande supersticiosa pelo número nove

O grande sucesso da cantora e compositora foi “Garganta”. Em um bate-papo animado, Ana Carolina revela curiosidades do início da carreira e canta algumas músicas que não podem faltar nos shows.


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A convidada de hoje se diz fã dos exageros, tem uma capacidade vocal impressionante e já vendeu cinco milhões de discos. Hoje, o Café da Manhã é com a cantora e compositora Ana Carolina.


bomdiario2A cantora revelou detalhes do seu início de carreira, da infância em Juiz de Fora, em Minas Gerais e de como alcançou o sucesso para se tornar uma das artistas brasileiras mais famosas hoje.


Para assistir aos vídeo da entrevista, clique AQUI.



Fonte: Globo.com/ Bom dia Rio

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ana Carolina mostra sua face mais suave em novo CD

O novo álbum da cantora e compositora Ana Carolina, N9ve (Sony BMG), chega nesta quinta-feira (6) às lojas com tiragem inicial de 99.999 cópias. É muito nove, mas tudo faz sentido na “cabeça neurótica” – como ela mesma brinca – da artista nascida em Juiz de Fora (Minas Gerais), em 9 de setembro (o nono mês) de 1974, que estreou em disco em 1999 e está lançando um CD com nove canções.




Eu tinha dez faixas, havia um blues, mas aí tirei e me dei conta dessas coincidências… Além disso, meus discos sempre tiveram canções demais. Dois quartos (2006) tinha 24! Como estou fazendo dez anos de carreira, resolvi abrir a porteira (risos)”,



diz a cantora ao repórter do CORREIO, na sala da sua mansão no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, com vista deslumbrante do Corcovado e da Lagoa Rodrigo de Freitas. ana-cd-noveb


Diferentemente dos álbuns anteriores, que venderam quase cinco milhões de cópias (e a tornaram uma das três cantoras mais populares do país, ao lado de Marisa Monte e Ivete Sangalo), N9ve traz Ana Carolina em tons mais suaves e sofisticados.



Alguns fãs podem até estranhar de cara. Teria ela cansado do seu lado rock’n’roll, de cantar de modo visceral?

É a idade. Vou fazer 35 anos! (gargalha). Na verdade, quero que a audição da minha canção dure, quero que minhas canções tenham mais tempo de vida. Tanta gritaria às vezes cansa”,



afirma, enquanto acende mais um cigarro Free.


De fato, uma mudança e tanto para quem, de modo excessivo, transformou É isso aí (versão de The blower’s daughter, do cantor irlandês Damien Rice) num martírio radiofônico, em 2005, quando a música (gravada em dueto com Seu Jorge) tocou até dizer chega.




Hoje eu não faria, não gravaria daquele jeito. De qualquer jeito, minha carreira tem tantas influências e é tão variada, fora as críticas que a gente recebe no caminho, algumas com sentido, outras não. A lei é procurar se superar sempre. Às vezes, a gente lança a música em disco e ela cresce e muda com a experiência do show”,



analisa Ana Carolina, de modo autocrítico.

Las bastardas

Produzido por Alê Siqueira (Arnaldo Antunes, Tribalistas), Mario Caldato (Bebel Gilberto, Jack Johnson) e Kassin (Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto), o novo álbum conta com participações especiais internacionais de peso: o cantor americano de neosoul John Legend, a cantora e baixista de jazz americana Esperanza Spalding e a cantora italiana Chiara Civello.


Legend solta a voz no sambalançosoulpop Entreolhares, que ele compôs com Ana e com AntônioVilleroy, além de ter feito a versão da parte em inglês. A faixa é o primeiro single do álbum.




Sou apaixonada pelo jeito dele cantar. Mandei um CD com a música e ele não só gostou, como fez a versão”, explica.



Esperanza, que esteve no TIM Festival 2008, Ana conheceu no You Tube. Foi paixão à primeira vista. A participação da baixista foi gravada no Rio. Ao explicar para a americana o que significava o título da balada Traição, Ana revelou que ela foi fruto de uma infidelidade: seus pais foram amantes por 13 anos. “Eu também”, disse Esperanza. Juntas, pensaram em formar a dupla Las Bastardas.


Outro convidado mais que especial de N9ve é Gilberto Gil, parceiro da cantora e de Mombaça no samba Torpedo.




Durante um bom tempo, essa música ficou sem letra. Um dia, tomei coragem e mandei pro Gil, que devolveu com a letra pronta em apenas dois dias”, conta.



Agora, é cair na estrada. O novo show estreia em 9 de setembro, no Rio, e chega a Salvador nos dias 30 e 31 de outubro, na Concha Acústica do TCA.



Sempre fui polêmica na vida’

Em dezembro de 2005, coroando uma temporada de sucesso avassalador (vendeu um milhão de cópias com dois discos simultâneos: Perfil e Ana & Jorge), a cantora Ana Carolina virou capa da revista Veja e declarou:




Sou bissexual. Acho natural gostar de homens e mulheres. Sou contra essa postura de levantar bandeiras para defender o homossexualismo, pois fica parecendo que ser gay é uma doença”.



Hoje, quatro anos depois, a artista diz que não se arrepende da entrevista, que ganhou uma enorme repercussão.




Eu sempre fui polêmica em minha vida, em minha casa. A questão é que, quando você se torna uma pessoa pública, a coisa toma uma dimensão muito maior. Não descobri a pólvora sobre o assunto, claro. Antes de mim teve a Angela (Ro Ro), a Cássia (Eller)…”.



Ana Carolina é uma mulher em sintonia com o seu tempo, sabe bem que muitas coisas já mudaram. Os tempos, para muita gente, já são mais tranquilos.




As meninas de hoje estão mais desencanadas, dão beijinho na boca de outras meninas até por diversão, até para fazer ciúmes aos namorados. Acho que o uso da internet, dos blogs, influenciou numa maior liberdade, num exercício de se abrir para a vida”.



Naturalidade

De perto, na manhã carioca de 19°C, Ana é ainda mais bonita do que nas fotografias e nos vídeos. Enquanto é maquiada e penteada, fala com naturalidade sobre qualquer assunto. Em duas décadas de jornalismo, raras vezes vi um artista convidar (alguns) jornalistas para entrevistá-lo, em sessões individuais, em sua própria casa (no caso, uma bela mansão na encosta do Corcovado, praticamente no sovaco do Cristo).


Ainda com obras na parte térrea, a casa na Caio Mello Franco (a mesma rua do estúdio Nas Nuvens, de Liminha), foi comprada há um ano e meio pela cantora, mas só agora, brinca, ela resolveu ocupá-la de vez para que a reforma seja concluída.


Os seus quatro cachorros cocker estão em outro endereço de Ana Carolina, um apartamento em São Conrado. Atenta às novas cantoras, a artista afirma gostar de Pitty, mas destaca mesmo Roberta Sá e a estreante Maria Gadú, que está lançando seu primeiro álbum pela gravadora Som Livre.




Conheci Maria Gadú num sarau na casa do Totonho (Villeroy) e adorei. No meu próximo DVD, vou chamá-la para cantar comigo o blues que ficou de fora do disco”, conta.



Amante da noite, dá risada ao saber que o repórter do CORREIO acordou às 5h para pegar o voo das 7h20:




Nesta hora, eu estava chegando em casa”.



Como canta em Tá rindo, é?, a oração de Ana Carolina é bem curta, para o santo não se entediar.



John Legend

Uma das estrelas do novo soul americano, o cantor e pianista é parceiro de Ana Carolina no sambalançosoulpop Entreolhares, primeira música de trabalho do álbum e na qual ele também solta a voz. O artista também participou do último disco de Sergio Mendes.



Esperanza Spalding

Revelação do jazz contemporâneo, a cantora e contrabaixista americana (que se apresentou no Brasil no TIM Festival 2008, em outubro) participa da faixa Traição, uma das quatro parcerias de Ana Carolina com a cantora italiana Chiara Civello.



‘N9ve’ é o melhor trabalho da carreira de Ana Carolina

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Entre os álbuns Estampado (2003) e Dois quartos (2006), Ana Carolina cresceu como compositora, consolidou seu espaço na música brasileira atual e atingiu grande popularidade. É a cantora que mais vendeu discos e tocou nas rádios nesta década.


Sozinha ou com ajuda de parceiros, transformou-se numa hit maker de primeira. Com o novo e bom álbum, a artista mexe no time que está ganhando sem, contudo, transfigurar o seu espírito musical.


Com Mart’nália, confessa, Ana Carolina aprendeu a fazer samba. E quem cai na maldição do samba, reza a lenda, é abençoado. O ritmo cadenciado, aliado às outras influências da cantora (o pop, o romantismo das baladas, etc), fez bem à compositora, assim como a compreensão de que sua poderosa voz não precisa ser exercitada a plenos pulmões para passar sinceridade: melhor é estar a serviço da canção.


Das participações especiais (John Legend, Esperanza Spalding e Chiara Civello) aos músicos (como Daniel Jobim, Davi Moraes, João Parahyba, Donatinho e Carlos Trilha), tudo em N9ve acrescenta mais qualidade e variedade à discografia da cantora. (HB)



FICHA

CD N9ve
Artista Ana Carolina
Produção Alê Siqueira, Mário Caldato e Kassin
Gravadora Sony BMG
Preço R$25 (em média)


Fonte: Correio da Bahia

Produção de ‘Nove’ é dez e valoriza safra de Ana

Resenha do CD


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Título: Nove

Artista: Ana Carolina
Gravadora: Armazém / Sony Music
Cotação: * * *

Sétimo álbum de Ana Carolina, idealizado para festejar os dez anos de carreira fonográfica da artista mineira, Nove apaga a má impressão deixada pelo excessivo disco duplo anterior da cantora, Dois Quartos (2006). Dividida entre Alê Siqueira e a dupla Mário Caldato, a produção é dez e valoriza a safra de nove inéditas autorais com arranjos muito elegantes (a cargo de Arthur Verocai, Lincoln Olivetti, Felipe Pinaud e Sean O’ Hagan) e uma ambiência de tonalidade eventualmente cool que contrasta com a temperatura normalmente quente da confessional obra autoral da compositora.


Contudo, a excelência dessa produção não disfarça o fato de que a safra de inéditas não está à altura da discografia inicial da artista. Falta em Nove uma música arrebatadora como Garganta (o hit do primeiro álbum, Ana Carolina, de 1999) ou Uma Louca Tempestade, a parceria de Bebeto Alves e Totonho Villeroy que incrementou o repertório do bom CD Estampado (2003).


O requinte harmônico que adorna baladas como Dentro (parceria de Ana com Dudu Falcão) e Era (somente de Ana) não é suficiente para torná-las tão sedutoras quanto outras baladas anteriores da artista. No gênero, a melodiosa Resta – parceria de Ana com a italiana Chiara Civello e Dulce Quental – parece ser a de melhor cepa. A faixa conta com vocais em italiano de Chiara, também parceira de Ana num grande momento do CD, 10 Minutos (Dimmi Perchê), faixa que ganhou toques de tango eletrônico. Assim como a menos inspirada 8 Estórias, outra parceria de Ana com Chiara Civello (artista italiana que Carolina conheceu no Rio).


Com a aura moderna de Nove, Ana Carolina ambiciona o prestígio e o status perdidos após forte investida no populismo radiofônico com gravações como as de Elevador, É Isso Aí (em dueto com Seu Jorge) e Rosas. Até seu canto potente soa mais comedido, numa economia vocal que, a rigor, começou a ser ensaiada no anterior Dois Quartos. Mas o flerte explícito com o pop em Entreolhares (The Way You’re Looking at me) – a parceria com John Legend que não expõe toda a força da voz do cantor norte-americano, destaque na atual cena de soul e r & b – sinaliza que, apesar da embalagem refinada, nada mudou tanto assim no som de Ana Carolina.



Quanto aos sambas, em cujos créditos figura o novo parceiro Mombaça, Torpedo ostenta boa letra de Gilberto Gil. Já Tá Rindo, É? esboça crítica social nos versos. Ambos superam os sambas ruins de Dois Quartos sem, no entanto, roçar o suingue de Cabide (2005) ou a beleza melódica de Vestido Estampado (2003).

Fecha o disco Traição, classuda balada adornada pelo piano de Daniel Jobim que ganha leve ambiência jazzy por conta do baixo e dos vocais de Esperanza Spalding. Enfim, mesmo deixando a sensação permanente de que a produção é muito melhor do que a música em si, Nove sinaliza a saudável intenção de Ana Carolina de se renovar. Se tivesse dado continuidade às conexões com inspirados compositores como Chico César e Vitor Ramil, experimentadas em Estampado, o CD poderia resultar mais coeso. Fica a incômoda impressão de que a embalagem é tão bonita que faz o conteúdo parecer melhor do que ele realmente é.

Fonte: Blog Notas musicais

Ana Carolina – N9VE

cd-nove-ana-carolinaQuando ouvi o nome do novo Album de Ana Carolina, N9ve , estranhei, mas como sempre Ana não dá ponto sem nó, tudo tem um sentido. Não, ela não procurou uma numerologa, mas que é cabalistico este nome é. As explicaçõe : Ana nasceu no dia 9/9, seu primeiro disco saiu em 99, e agora o novo album sai com uma tiragem de 99.999 copias, mas com certeza com a qualidade do album esta quantia de copias não vai dar nem pra começar a brincadeira. Ah..o primeiro show dessa tour. adivinha? 9/9 no rio de Janeiro.


Entre os álbuns Estampado (2003) e Dois quartos (2006), Ana Carolina cresceu como compositora, consolidou seu espaço na música brasileira atual e atingiu grande popularidade. É a cantora que mais vendeu discos e tocou nas rádios nesta década, e olha que vender discos no Brasil não é facil.


Ana pode ser considerada uma das melhores cantoras do pais, se não a melhor, chega agora com um albun sofisticado, diferente e que pode causar ate um certo alvoroço entre os fãs que estão acostumados com rock’nroll dos albuns anteriores, mas certamente vão entender, pois Ana ja vinha dando seu recado que mudanças estavam por vir, o CD Quartinho, ja era diferente, enquanto Quarto é meloso e grudento com musicas que não saiam de nossas cabeças.


N9ve possui nove faixas, Ana não deixaria esta ultima caracteristica cabalistica de seu album passar em branco. Entreolhares é o primeiro single, e conta com a participação de John Legend, um cantor americano de Soul Music. Mas alem de Legend, N9ve conta com outras participações pra la de especiais : a cantora e baixista de jazz americana Esperanza Spalding em Traição , a italiana Chiara Civello em Resta , e nada mais nada menos que Gilberto Gil na musica Torpedo.


Duas faixas merecem um destaque especial, 10 minutos e Era, são duas faixas com uma sonoridade fora do comum. Nunca tinha ouvido uma percurssão tão afinada em toda minha vida, alem das letras doídas.


É fato, Ana sempre vem pra revolucionar a musica brasileira, mas N9ve é uma mudança significativa na carreira da cantora que tranformou The Blowers Dughter de Damie Rice em É isso ai, e tornou o hit uma neurose musical, uma das musicas mais tocadas no pais.


Agora é só aguardar o que Ana vai nos mostrar em seu proximo show.



e não deixem de comprar o seu novo album.

Nas Lojas. Ana Carolina – N9ve.