IRLAM ROCHA LIMA
Da equipe do Correio Brasiliense
Em 15 de dezembro do ano passado, quando se apresentou no Ginásio Nilson Nélson, Ana Carolina foi recebida por platéia de quase 10 mil pessoas, formada predominantemente por mulheres. A atitude das fãs diante da “ídola”chegou às raias da histeria, com arroubos verbais e o uso de expressões impublicáveis, ainda mais fortes quando a cantora interpretou o hit não radiofônico Eu comi a Madona.
Na época ela acabara de gravar o DVD Dois Quartos - que dá nome à turnê que a mantém na estrada até hoje, lançado em março deste ano. Como antes havia saído o CD, as admiradoras cantavam em coro praticamente todas as músicas do repertório, inclusive as inéditas. Hoje, ao retornar à cidade para apresentação em tenda montada no Pontão do Lago Sul, a expectativa é de que a nova catarse venha a ocorrer.
Dois quartos contribuiu decisivamente para que a artista nascida em Juiz de Fora (MG) confirmasse a condição de uma das grandes estrelas da moderna música popular brasileira, na qual brilha como criadora e intérprete. Para alcançar este patamar, muito contribuiu a presença constante de suas canções na programação radiofônica e em trilhas de novelas.
Dirigida por Monique Gardenberg e acompanhada por banda de peso, Ana Carolina se movimenta no palco com desenvoltura ao soltar o vozeirão no repertório de 23 canções, sucessos como Rosas, Ruas de outono, Encostar na tua, Pra rua me levar, Elevador, Louca Tempestade, e Garganta, além de É isso aí, que ela faz ao piano, e Fever, do CD Érótica, lançado por Madonna em 1992.
Um dos momentos polêmicos no show é quando são exibidos vídeos com imagens antigas de sadomasoquismo protagonizado por duas mulheres, que não chegam a ser pornográficas. É justamente neste instante que Ana Carolina canta Eu comi a Madona. Embora a cantora negue, a música leva a imaginar uma “homenagem” à material girl, que se apresenta no Rio dias 14 e 15 e em São Paulo nos dias 18, 20 e 21.
De acordo com o produtor Gustavo Sá, a estrutura montada para o show de Ana Carolina no Pontão é semelhante à do concerto do rei do blues B.B. King no local em 2004. “Instalamos uma tenda de 70 m de comprimento por 30 m de largura, com total proteção contra a chuva. Haverá quatro ambientes: palco, back stage, área vip e pista. Na área vip, 140 mesas de quatro lugares abrigarão 560 pessoas, que terão á disposição open bar e open foods. A pista poderá acolher até 2.500 espectadores.”
Gustavo justifica a escolha do local: “Não havia outro adequado para o show de uma das maiores estrelas da MPB, que gera grande expectativa. Tentamos o Auditório Máster do centro de Convenções Ulysses Guimarães, mas não deu”.
Fonte: Correio Brasiliense Impresso
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