sábado, 17 de maio de 2008

As dores e os amores de uma das cantoras mais pop do país

Cantar
"Canto porque é uma coisa que me acontece. Parafraseando Clarice Lispector, acrescento: Não me preocupo em entender, cantar ultrapassa o entendimento."

Vendendo muitos discos

"No fundo, vender ou não vender é uma temperatura que meus termômetros não medem. Minha febre está consignada nas canções que faço ou que gosto. Repetindo: faço aquilo que gosto. Se estou no caminho certo? 'Meu caminho é meio perdido, mas que perder seja o melhor destino'."

As dores e os prazeres do sucesso
"As dores: ser engressada pelas canções que tocam no rádio (penso que minhas melhores canções não fizeram sucesso, com exceção de "Carvão"); ser decodificada pelos outros e tentar sempre desconstruir a imagem que fazem de mim; não ser entendida por alguns em meus propósitos; ser julgada por uma crítica muitas vezes medíocre que fazem no Brasil - inclusive com alguns críticos que querem se fazer em cima de nós, artistas. As delícias: ser entendida por alguns em meus propósitos, o tesão que é brincar com a 'persona palco', tocar no rádio."

Fãs

"É lógico que tem fã chato que implica com tudo, te encontra na rua e já acha que é teu dono, que te conhece mais que você mesmo. Não gosto muito de gente que invade, não. No dia-a-dia, prefiro privacidade."

Amor
"O amor pelo outro é o amor por si própiro. Você ama o que tem de seu no outro. Claro que é ridículo! Mas é bom pra caralho."

A crítica
"Quando vejo que o cara está criticando mal pra aparecer e fazer piadinha íntima com seus amiguinhos, fico puta. Mas quando é uma crítica, sem a tal da implicância, fundamentada, feita por quem conhece o trabalho e sabe o que está dizendo, não só gosto como escuto e respeito."

Fonte: Revista Rolling Stones, mês de maio

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